Secretário de Guerra dos EUA usa desenho infantil para zombar de ataques a barcos no Caribe e acusações de crime de guerra
Sem dar detalhes, Trump confirma conversa telefônica com presidente da Venezuela O Secretário de Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, publicou no domingo ...
Sem dar detalhes, Trump confirma conversa telefônica com presidente da Venezuela O Secretário de Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, publicou no domingo (30) uma montagem com um desenho infantil para zombar dos ataques a embarcações no Caribe e de acusações de ter cometido um possível crime de guerra em um deles. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A montagem compartilhada por Hegseth mostra uma tartaruga verde chamada Charlie, de um desenho infantil de mais de 20 anos de existência e popular nos EUA, a bordo de um helicóptero disparando um lança-mísseis contra barcos carregados com pacotes e pessoas armadas com o título "Franklin mira narcoterroristas". (Veja na imagem abaixo) O Exército dos EUA realiza, desde setembro, bombardeios contra embarcações no Caribe e no Oceano Pacífico —em águas internacionais próximas à costa da América do Sul— a mando do presidente dos EUA, Donald Trump. Os ataques são amplamente repudiados pela comunidade internacional, e a ONU disse ver elementos de "execuções extrajudiciais". Secretário de Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, e montagem de tartaruga Franklin bombardeando barcos. Pool via Reuters e reprodução/redes sociais Até o momento, 20 embarcações foram atacadas e um total de 80 pessoas foram mortas. O ataque mais recente foi em 13 de novembro. O governo Trump acusam, sem apresentar provas, essas embarcações de pertencerem a cartéis de drogas latino-americanos e conter narcoterroristas e carregamentos de drogas rumo aos EUA. O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, afirmou nesta semana que "há indícios" de que os ataques do governo Trump embarcações acusadas de terem ligações com o tráfico de drogas são execuções extrajudiciais. No final de outubro, a ONU pediu que os EUA parem com os ataques. Trump também disse "estar em guerra" contra cartéis de drogas latino-americanos e ordenou, em agosto, uma operação militar na região da América Latina contra esses grupos. Desde então, os EUA mobilizaram uma ampla presença militar na região e faz ataques recorrentes a embarcações no mar do Caribe e em regiões do Oceano Pacífico próximas à costa América Latina. Os bombardeios a essas embarcações também compõem uma estratégia de pressão ao governo Maduro, acusado pelos EUA de chefiar o Cartel de Los Soles. O presidente venezuelano acusa o governo Trump de realizar uma campanha de pressão que tem como objetivo o tirar do poder. Esta reportagem está em atualização.